Bruno Gagliasso, enfim, estréia no papel de mocinho. Ele é o herói Eduardo na novela das seis "Ciranda de Pedra", da Globo. Moleza para quem já interpretou um homossexual (o Júnior de "América", 2005), um personagem de época apaixonado por uma mulher mais velha (o Ricardo de "Sinhá Moça", 2006) e um vilão (o Ivan de "Paraíso Tropical", 2007) na televisão, não é? Não, segundo o ator.
O currículo, argumenta, o desafia a fazer um protagonista não-convencional. "As pessoas acham que é fácil porque já fiz um homossexual, um caipira, um mau-caráter, mas não é. Eduardo é um desafio grande porque não quero fazer o óbvio. Nunca fiz e não é agora que vou fazer", diz o galã. "É o meu primeiro mocinho de fato. O que mais queria era fazer um."
O ator afirma que a diferença entre o seu mocinho e os velhos conhecidos dos folhetins está no comportamento diante da vida e até das mulheres. O jovem, um engenheiro recém-formado, não passa os capítulos curtindo uma paixão platônica, por exemplo. Prefere partir para o jogo da sedução quando conhece alguém interessante.
"Ele tem atitude, sabe o que quer, não ouve desaforo. Isso é muito importante, acho que é por isso que estou gostando tanto (do papel). Vai sofrer por amor, mas não é aquela coisa de chorar porque não teve coragem de se declarar, mas porque levou um fora."
Gagliasso apelou à memória e ao cinema para compor o protagonista do núcleo jovem da novela das seis. "A gente teve que entrar no mundo de 1958 para se preparar. Não foi difícil porque não é uma época tão distante. Foi um ano importante na política, no esporte. Foi o ano da Barbie, do bambolê. E vi filmes de James Dean e Marlon Brando. É um estudo que não é estudo, basta resgatar o que já tinha visto e ouvido falar."
O folhetim é a segunda adaptação para a TV do livro homônimo de Lygia Fagundes Telles, mas o ator não quis ler o texto de Lygia ou ver cenas da primeira produção para não se influenciar e criar um Eduardo só seu. "O Alcides (Nogueira, responsável pela readaptação) disse que não é remake, que o livro e a primeira novela são só referências. Gosto de criar. A profissão pede para criar, não copiar."
Eduardo conhece a professora Margarida (Cléo Pires) e o resultado é amor à primeira vista. Depois, esbarra com Virginia (Tammy Di Calafiori) e acaba descobrindo que a garota é o grande amor de sua vida. "Acredito em paixão à primeira vista, mas não acredito em amor à primeira vista. O amor vem com o tempo, com a convivência."
Não é dessa vez, contudo, que Gagliasso se dedicará apenas a um bom moço. Enquanto grava como bom exemplo para a TV, o ator "surta" no teatro. Ele viaja pelo País como a peça Um Certo Van Gogh, na pele do pintor. O espetáculo deve estrear na Capital em julho, no Teatro Folha. "Brinco que faço de segunda a quinta de manhã um mocinho e, de quinta a domingo à noite, um louco", diverte-se.
O intérprete acredita que a trajetória do famoso artista não teria espaço no vídeo, mas acha que já fez no veículo um trabalho quase tão complexo quanto faz no palco. "Van Gogh é uma história para filme, teatro. Não dá para reproduzir na TV as coisas que ele fazia. Mas Junior foi complexo. Tinha uma função social, principalmente porque o beijo gay não foi ao ar. Depois dele, o beijo pode acontecer, foi mais importante não ter acontecido. O ator tem que levar à discussão sempre."
O currículo, argumenta, o desafia a fazer um protagonista não-convencional. "As pessoas acham que é fácil porque já fiz um homossexual, um caipira, um mau-caráter, mas não é. Eduardo é um desafio grande porque não quero fazer o óbvio. Nunca fiz e não é agora que vou fazer", diz o galã. "É o meu primeiro mocinho de fato. O que mais queria era fazer um."
O ator afirma que a diferença entre o seu mocinho e os velhos conhecidos dos folhetins está no comportamento diante da vida e até das mulheres. O jovem, um engenheiro recém-formado, não passa os capítulos curtindo uma paixão platônica, por exemplo. Prefere partir para o jogo da sedução quando conhece alguém interessante.
"Ele tem atitude, sabe o que quer, não ouve desaforo. Isso é muito importante, acho que é por isso que estou gostando tanto (do papel). Vai sofrer por amor, mas não é aquela coisa de chorar porque não teve coragem de se declarar, mas porque levou um fora."
Gagliasso apelou à memória e ao cinema para compor o protagonista do núcleo jovem da novela das seis. "A gente teve que entrar no mundo de 1958 para se preparar. Não foi difícil porque não é uma época tão distante. Foi um ano importante na política, no esporte. Foi o ano da Barbie, do bambolê. E vi filmes de James Dean e Marlon Brando. É um estudo que não é estudo, basta resgatar o que já tinha visto e ouvido falar."
O folhetim é a segunda adaptação para a TV do livro homônimo de Lygia Fagundes Telles, mas o ator não quis ler o texto de Lygia ou ver cenas da primeira produção para não se influenciar e criar um Eduardo só seu. "O Alcides (Nogueira, responsável pela readaptação) disse que não é remake, que o livro e a primeira novela são só referências. Gosto de criar. A profissão pede para criar, não copiar."
Eduardo conhece a professora Margarida (Cléo Pires) e o resultado é amor à primeira vista. Depois, esbarra com Virginia (Tammy Di Calafiori) e acaba descobrindo que a garota é o grande amor de sua vida. "Acredito em paixão à primeira vista, mas não acredito em amor à primeira vista. O amor vem com o tempo, com a convivência."
Não é dessa vez, contudo, que Gagliasso se dedicará apenas a um bom moço. Enquanto grava como bom exemplo para a TV, o ator "surta" no teatro. Ele viaja pelo País como a peça Um Certo Van Gogh, na pele do pintor. O espetáculo deve estrear na Capital em julho, no Teatro Folha. "Brinco que faço de segunda a quinta de manhã um mocinho e, de quinta a domingo à noite, um louco", diverte-se.
O intérprete acredita que a trajetória do famoso artista não teria espaço no vídeo, mas acha que já fez no veículo um trabalho quase tão complexo quanto faz no palco. "Van Gogh é uma história para filme, teatro. Não dá para reproduzir na TV as coisas que ele fazia. Mas Junior foi complexo. Tinha uma função social, principalmente porque o beijo gay não foi ao ar. Depois dele, o beijo pode acontecer, foi mais importante não ter acontecido. O ator tem que levar à discussão sempre."
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